Síndrome da cabana: isolamento social pode gerar medo excessivo alerta Psicóloga


Logo no inicio do isolamento social, muitas pessoas, por conta da pandemia ficaram deprimidas, insatisfeitas, estressadas, depressivas e ansiosas por ter que ficar em casa sem nenhum contato externo.  No entanto, com o passar do tempo, a gravidade da pandemia e a possibilidade de se infectar, trouxe além da preocupação, o medo de retornar à vida pós-quarentena. Esta sensação foi batizada de Síndrome da Cabana, também conhecido como medo excessivo de sair de casa.

Embora pareça que o termo tenha surgido
 com a pandemia do Novo Cononavírus (Covid-19) – sendo ainda pouco conhecido entre as pessoa, a Síndrome da Cabana é reconhecida pelos especialistas, psicólogos e estudiosos do comportamento humano, desde os anos 1900, tornando-se mais frequente agora, com a flexibilização do isolamento social. Ou seja, é comum ver que pessoas de diferentes idades e contextos, estejam com receio de retomar suas rotinas e se adaptarem ao novo normal.

De acordo com a psicóloga e especialista em Terapia Cognitiva Comportamental Viviane Menezes, a Síndrome da Cabana se refere a sentimentos de angústia e receio diante da ideia de sair às ruas e retomar o contato social após ficar isolado tanto tempo.

“O termo que teve seus primeiros relatos no norte dos Estados Unidos, sendo criado para explicar um problema que acometia trabalhadores que passavam longos períodos em cabanas se protegendo do frio, traz uma analogia para os dias atuais. Algumas pessoas já estão entrando em desespero com a abertura de shoppings, lojas, bares e restaurantes, pois,
 tem medo que a quarentena termine. Obviamente, esse medo pode também estar ligado à possibilidade de serem contaminadas, mas diferente de uma sensação normal, é um medo  excessivo, que beira ao desenvolvimento da doença” explica a psicóloga que abaixo responde algumas perguntas sobre a evolução da Síndrome e como ela pode ser diagnosticada.

1- 1- Como  a senhora define a Síndrome da Cabana?

Você, seu vizinho, sua filha, seu amigo, podem estar passando por esta síndrome sem perceber. Imagine que a quarentena terminou e já existe uma vacina para a covid-19. Não há mais motivos para temer as ruas. No entanto, só de pensar em sair de casa você já começa a ficar apavorado, confuso, tenso, angustiado e pode chegar até a sentir seu coração disparar. Mesmo sem ameaças imediatas, não se sente mais seguro fora do seu lar. Sua casa é o único lugar que lhe proporciona segurança e proteção. Esse medo, após longos períodos de isolamento, é justamente o que define a Síndrome da Cabana.

2- Quais são os sintomas ocasionas pela Síndrome da Cabana?

Os sintomas não são muito difíceis de serem diagnosticados.  Os mais comuns costumam ser inquietação, motivação reduzida, dificuldade de concentração, sonolência ou insônia, desconfiança das pessoas ao seu redor, tristeza o depressão persistente e irritabilidade.


3- Quais são as causas desta Síndrome?

É como se o nosso cérebro ficasse acostumado a uma nova rotina e aprendesse que estar em casa é a única possibilidade de segurança e proteção diante do Coronavírus. Quando as pessoas ficam muito tempo isoladas em casa, mesmo que façam atividades diversas (estudos, filmes, jogos, redes sociais, etc...)com o tempo acostumará o cérebro a esta situação. As pessoas mais introvertidas poderão ser ainda mais portadoras desta síndrome, gerando falta de confiança e medo excessivo.

4- Como evitar a Síndrome da Cabana?

Como muitas situações que envolvem a saúde mental, prevenir ainda é a melhor forma de tratar a Síndrome da Cabana. Estabelecer uma rotina diária, de trocar de roupa, tomar banho, fazer leituras e exercícios físicos pode ser a chave para se prevenir e evitar a doença. A atividade física é importante para a prevenção de outras doenças também, como depressão e transtornos ansiosos. Logo, fazer coisas simples, como abrir a janela e ter contato com a luz do sol, já faz diferença. Viviane sugere como dica, que cada pessoa respeite seu tempo, fique no que está no seu controle, comece devagar e o mais importante busque ajuda profissional se você sentir que isso está afetando sua vida de forma negativa.


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