Os dias seguidos de caminhada e dança atrás das bandas e blocos tornam o carnaval uma verdadeira maratona. Mas, o ritmo intenso da festa não desestimula nem mesmo os mais sedentários.
Para quem não pratica atividade física há algum tempo e ainda assim não quer perder nenhum dia até a quarta-feira de cinzas, o médico ortopedista e traumatologista Marcelo Monteiro, especialista em Medicina Esportiva, com consultório em Ipanema, Rio de Janeiro, orienta iniciar logo o condicionamento físico.
Atividades leves como caminhada ou ciclismo são opções sugeridas pelo baixo impacto e por fortalecerem o complexo articular formado por ligamentos, tendões, músculos e ossos. “O folião deve aproveitar os dias que antecedem o carnaval para preparar o organismo. O primeiro passo é fazer uma avaliação médica detalhada para afastar alguma patologia cardiológica ou ortopédica. Após isto, poderá iniciar a prática moderada de exercícios. Também é importante ingerir bastante líquido, lembrando que a desidratação é uma das queixas mais frequentes nos hospitais e nos postos de atendimento nesse período”, observa Marcelo Monteiro que é Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.
De acordo com ele, para brincar o carnaval sem o risco de sobrecarregar pés, pernas e joelhos, a lista de cuidados do folião deve incluir ainda a realização de alongamentos ao sair de casa – para aquecer os músculos e as articulações – e a escolha do calçado certo, isto é, adequado para a absorção de impactos.
Aquela parcela do público feminino que, por vaidade, não abre mão do salto alto em pleno carnaval recebe um alerta do especialista. “Infelizmente a beleza do salto alto não combina com a rotina do folião. Os saltos prejudicam o equilíbrio e aumentam a possibilidade de quedas e, consequentemente, de torções. Os tênis são a melhor opção para o carnaval. Mas evite os tênis novos, pois eles ainda estão muito duros. Procure usar aquele que já está adaptado ao formato do seu pé, para evitar a formação de calos ou bolhas. Se tiver a opção de um modelo com amortecedor, melhor ainda” explica Monteiro completando que a sobrecarga gerada por horas subsequentes caminhando, dançando ou simplesmente de pé, pode resultar em problemas ortopédicos muito frequentes nessas situações, como: entorses (perda momentânea da função articular), lesões ligamentares e contusões.
Esses danos decorrem do aumento da tensão exercida nas articulações de joelhos e tornozelos causada pela fadiga muscular. Por outro lado, o consumo de bebidas alcoólicas e a baixa ingestão de água durante o percurso do desfile, além de favorecer a desidratação podem causar o inchaço dos membros inferiores, sobretudo, em pessoas que já apresentam problemas de varizes.
“Como a marca do período é alegria e descontração, a prudência na ingesta de bebidas e alimentos, evitando os exageros e desgaste do organismo, bem como a escolha de roupas e acessórios leves e confortáveis, tornam o folião melhor preparado para enfrentar o calor e os dias de festa, sem ter a diversão interrompida por dano físico” aconselha.
Segundo o médico, a combinação de álcool e direção é um dos fatores responsáveis pela elevação no número de atendimentos feitos pelas emergências em Ortopedia e Traumatologia nessa época do ano. “São atendidos muitos casos de entorses, contusões e fraturas, causadas normalmente por quedas. Contudo, a grande incidência de traumas de trânsito envolve os jovens. Esta é uma triste realidade que enche todos os hospitais da nossa cidade”, diz, ressaltando que nas ocorrências de maior gravidade, envolvendo inclusive os traumas causados por acidentes de trânsito, o folião deve recorrer ao atendimento especializado de emergência.
Dr. Marcelo Monteiro – Ortopedia e Medicina Esportiva
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