Especialista explica importância de atividades físicas durante tratamento do câncer de mama


A recuperação de câncer de mama poder ser um dos momentos mais difíceis da vida de uma mulher. A queda de cabelo e a agressividade do tratamento pode mexer com a autoestima da paciente. Porém, ao contrário do que se acreditava há até pouco tempo, elas estão encontrando no esporte um aliado na busca pelo bem estar. 
De acordo com o onco-ortopedista Marcelo Bragança, essa ideia é mais forte em casos de metástases óssea. “A atividade física controlada ajuda a aliviar os sintomas, diminuir os efeitos colaterais do tratamento e pode autuar em caráter preventivo, impedindo muitas vezes que o câncer retorne”, afirma o especialista.
Um recente levantamento da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, mostrou que pacientes com câncer de mama, que caminhavam três horas por semana tiveram em média 46% mais chances de cura, se comparadas às outras pacientes que não possuíam este hábito. No entanto, as chances caíram para 33% em pacientes que não aderiram a prática após décadas de sedentarismo.
 “Há uma cultura de que o paciente com câncer precisa ficar em repouso absoluto, sem se levantar da cama. Se a pessoa tiver condições, os exercícios aeróbicos são grandes aliados, além do cuidado com a alimentação, é claro, como forma de não ganhar peso durante o tratamento” explica Marcelo Bragança, coordenador de onco-ortopedia do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro e médico do Centro de Oncologia Ortopédica do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO)
Apesar de todos os benefícios, outros estudos ainda revelam que é a pequena a proporção de mulheres diagnosticadas com câncer de mama que realizaram atividades físicas regulares. Segundo outro estudo, publicado pela International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), apenas 32% das mulheres com a doença atingem o nível de atividades físicas recomendadas para mulheres saudáveis. Isto é, 150 minutos por semana.
Mas quando não é recomendado?
Algumas situações clínicas podem impedir temporariamente a paciente de praticar atividade física como, por exemplo, quadro de anemia, nível baixo de plaquetas e alterações cardiovasculares graves. Já pacientes com metástase óssea, assim como osteoporose, artrite e lesões nos nervos devem evitar exercícios que provoquem tensão nos ossos, para esses casos são indicados exercícios de baixo impacto como hidroterapia e hidroginástica.
“Respeitar os limites físicos é muito importante para definir quais atividades são ideais. Além disso, encontrar a harmonia em exercícios que não exijam demais do corpo que já está fragilizado, que apresentem resultados positivos e lhe traga prazer”, finaliza Marcelo Bragança.
Serviço: 
Dr Marcelo Bragança
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 190, 1026 – Botafogo.
Telefone: (21) 3239-5000

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